segunda-feira, 8 de outubro de 2012

8º Dia do Jejum de Daniel

Dons...


Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.  De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;  Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria”.
Romanos 12.4-8

AS FERRAMENTAS

Aconteceu num dia de verão. O carpinteiro havia saído da oficina para comprar algumas tábuas que necessitava.  Na oficina reinava silêncio. Nisto as ferramentas começaram a discutir. Resolveram realizar uma reunião.
     O irmão martelo ia ser eleito para a PRESIDÊNCIA, quando alguém contrariado, começou a reclamar.
     - Eu me oponho. O Sr. Martelo é muito barulhento. Perturba todas as reuniões. Ao invés de ser PRESIDENTE, o que devia fazer, era retirar-se, pois ele não sabe agir sem bater em alguém.
     - Se eu tiver que sair da oficina por esta razão, respondeu o irmão Martelo, o irmão Serrote deverá sair também, pois, é muito áspero e agudo, e mal ele recebe qualquer pancada, sai-se logo com aquele barulho irritante.
     - Pois bem, se é assim – falou o irmão Serrote -o que se dirá do irmão Arco de Pua? Ele é tão inútil que quando acaba de trabalhar, a única coisa que se vê é um simples buraco e um montinho de pó.
     O irmão Arco de Pua levantou e disse:
     - Se é da vontade de todos que eu me retire, está bem! Eu o farei.
     Nisto a irmã Chave de Fenda tomou a palavra:
     - Se o irmão Arco de Pua precisa sair – ela declarou – acho melhor eu ir também. Contudo, se eu for, deverá acompanhar-me a irmã Régua. Ela é importuna e exigente, quer sempre que todos sejam perfeitos. Sempre anda reclamando que ora somos curtos, ora compridos, ora isto, ora aquilo.
     A irmã Régua aprumou-se e falou:
     - Está bem, sairei. Mas deverá sair comigo a irmã Plaina. Ela, coitada, dá a impressão que faz muita coisa, mas realmente não faz nada. Seu trabalho é muito superficial, quando poderia ser pouco mais profundo.
     - Está bem! – retrucou a irmã Plaina. Seja como os senhores desejam. Irei, mas a irmão Lima deverá sair também, visto que todas as vezes que está em atividade, deixa todo mundo arrepiado.
     Em meio a tal balbuciar, abriu-se a porta e entrou o carpinteiro. Veio para trabalhar; vestiu o avental e aproximou-se da banca. Tinha perante si a planta de um Púlpito, o qual deveria ser usado mais tarde para a pregação da PALAVRA DE DEUS.
     O carpinteiro pegou Régua e depois, o Serrote e serviu-se deles. Usou o Martelo, o Arco de Pua, e a Chave de Fenda.
     Trabalhou muito tempo com a Plaina em sua mão. Por fim, apanhando a Lima, alisou as partes ásperas, arredondando tudo.
     O sol se pôs e o dia findou-se; o púlpito estava perfeito. Sorriu e retirou-se.
     Depois que ele saiu as ferramentas guardaram silêncio. Haviam compreendido que o carpinteiro tinha para cada uma delas um trabalho. E que nenhuma, isoladamente, poderia fazer direito o trabalho da outra. Cada um, em si poderia parecer inútil, mas nas mãos do carpinteiro, eram cooperadoras na obra que ele quis fazer.

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